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Chicago Bulls são campeões do ChampNBA!

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Equipa de Pedro Lança cumpriu o que "prometeu". Apontada por muitos como a principal favorita, a formação de Chicago acabou mesmo por levar o troféu para casa numa final que foi até ao fim frente aos Memphis Grizzlies. Os Bulls sucedem assim aos Knicks e fazem história com Jayson Tatum a ser considerado o MVP das finais.


Foram 16 vitórias e 9 derrotas o registo que fez história e permitiu aos Bulls conquistarem o tão ambicionado (e difícil de conquistar) título do ChampNBA. Magic, Raptors, Sixers e Grizzlies acabaram por assistir na primeira fila à qualidade e resiliência de uma equipa que além do MVP Tatum ainda contou com um Victor Wembanyama num nível (ainda) superior aquele que manteve ao longo da época regular. Na primeira ronda dos Playoffs, frente aos Orlando Magic de Francisco Henriques, os Bulls mostraram desde cedo porque eram considerados candidatos ao título. A vitória por 4-1 foi construída numa combinação singular entre talento individual e consistência coletiva.


Victor Wembanyama foi a grande figura da série, com prestações dominantes que chegaram a incluir mais de 20 pontos por jogo, duplos-duplos consecutivos e até um encontro em que somou seis blocos. A sua presença no garrafão foi decisiva tanto no ataque como na defesa, para condicionar - dentro do possível - as "torres gémeas" de Orlando.


Jayson Tatum assumiu o protagonismo nos momentos decisivos, sempre regular na casa das duas dezenas de pontos e liderando a equipa no "clutch". Já Alperen Sengun foi fundamental como complemento interior, capaz de marcar presença nas tabelas e até surpreender com lançamentos de três.


O único desaire dos Bulls aconteceu perante uma exibição monumental de Nikola Jokic, que chegou a registar um triplo-duplo (26 pontos, 17 ressaltos e 10 assistências).


Há ainda que destacar Jrue Holiday que mostrou o motivo que levou Pedro Lança a contar com ele: distribuiu em média perto de dez assistências por jogo, ajudando os Bulls a ultrapassarem Orlando sem grandes sobressaltos.


Na segunda ronda, os Bulls tiveram pela frente uma das grandes (e boas) surpresas da época: os Toronto Raptors de Marco Aurélio, que vinham de eliminar os Boston Celtics por 4-2 e eram apontados como uma das sensações dos Playoffs - já após uma prestação positiva na ChampCup.


Com um núcleo jovem mas cheio de confiança, os canadianos apresentaram armas de respeito, de Trae Young a Evan Mobley, passando por DeRozan, sempre com Jarrett Allen a impor-se nas tabelas. Ainda assim, Chicago soube responder à altura. Jayson Tatum voltou a demonstrar porque é a estrela maior desta equipa (será que vai renovar?), assinando exibições de luxo como um jogo de 37 pontos que deixou a defesa dos Raptors sem soluções. Wembanyama manteve a bitola elevada, contribuindo com duplos-duplos regulares e presença defensiva assinalável, enquanto Sengun foi decisivo em noites de alta eficácia, chegou a somar 32 pontos, 13 em 15 lançamentos convertidos.


Toronto não se rendeu facilmente. Mobley teve uma série extraordinária, incluindo uma partida de 40 pontos, e Trae Young mostrou porque é um dos bases mais letais da liga quando está em dia "sim", com jogos acima dos 30 pontos e séries de lançamentos exteriores quase imparáveis. Mas, mesmo com esse brilho individual, a consistência coletiva dos Bulls falou mais alto. Chicago fechou a eliminatória em 4-2. Um triunfo que não só eliminou uma das sensações do campeonato, como reforçou a ideia de que os Bulls estavam prontos para desafios maiores: e que desafio vinha aí...


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Se a meia-final já tinha sido um teste duro, a final de conferência prometia ser ainda mais saborosa: do outro lado estavam os Philadelphia 76ers, liderados por Pedro Pardal, que há apenas algumas semanas tinham batido os Bulls na final da ChampCup. A desforra estava à vista e não havia forma de disfarçar a tensão extra que pairava sobre a série.


E a verdade é que a eliminatória não desiludiu. Kevin Durant, num registo quase sobre-humano, chegou a anotar 48 pontos numa das vitórias dos Sixers, mostrando porque continua a ser um dos jogadores mais temidos da liga. Kyrie Irving também deixou a sua marca, com exibições de luxo na organização do ataque e lançamentos decisivos.


Mas Chicago não se deixou intimidar. Jayson Tatum respondeu com prestações de gala, incluindo um jogo em que terminou com 39 pontos e foi absolutamente decisivo em ambiente de prolongamento. Ao lado dele, Wembanyama impôs respeito no garrafão, com duplos-duplos sucessivos que não só travaram o ímpeto ofensivo de Simmons e Valanciunas, como deram oxigénio ao ataque dos Bulls.


A série foi marcada pelo equilíbrio: prolongamentos (chegamo a ter três no jogo 1!), diferenças mínimas e a sensação constante de que qualquer detalhe podia mudar o rumo dos jogos. Ainda assim, a profundidade do plantel de Chicago acabou por fazer a diferença. Buddy Hield brilhou vindo do banco e até Portis teve um papel determinante a dar músculo e pontos em partidas decisivas.


No fim, os Bulls confirmaram a "vingança" e carimbaram o passaporte para as finais onde estavam à espera os Memphis Grizzlies de Renato Mendes.


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Os Grizzlies, comandados por um Joel Embiid em modo dominante (32 pontos e 13 ressaltos num dos duelos), obrigaram Chicago a jogar sempre no limite. Houve noites em que parecia que a maré ia virar: Jalen Williams (35 pontos) e Derrick White (21) alimentaram o sonho dos de Memphis, que chegaram a vencer por 117-108 num jogo de ataque desenfreado.


Aliás, a série não teve nenhum jogo com mais 10 pontos de diferença. Mas os Bulls nunca perderam a identidade. Em jogos decididos nos detalhes, apareceram os jogadores que se distinguem os "comuns". Jayson Tatum, condecorado MVP das finais, assinou exibições de gala — como os 39 pontos na vitória por 104-99 — enquanto Wembanyama mostrou porque já é considerado o futuro da liga.


Foram jogos de nervos, de avanços e recuos, de vantagens curtas e respostas imediatas, "com gg's" desesperados, tivemos de tudo. No fundo, uma série digna de uma final: intensa, física e imprevisível. Só mesmo uma equipa com a fibra destes Bulls poderia ter aguentado até ao fim e levantado o troféu.


Parabéns aos vencedores e aos lutadores. Venha a ÉPOCA 3!

 
 
 

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