Power Rankings: à terceira pode ser de vez, para alguns...

A época 3 está à porta, mas não poderíamos começar sem os primeiros Power Rankings do ano. Quem é que está em melhores condições para atacar o anel? Quem vai, à terceira tentativa, finalmente ter uma equipa competitiva? E quem vai ter de se contentar com aspirações mais introvertidas devido a processos de reconstrução de plantel? Não prometemos ter resposta para todas as questões, mas vamos analisar toda a liga no início de uma temporada que promete ser a mais competitiva de sempre do ChampNBA.

Wemby Wembanyama (CHI) vai voar, provavelmente, para uma época de MVP!

1	=	Vamos ser honestos? Não há motivo nenhum para tirar estes Bulls da primeira posição dos Power Rankings. Sim, perderam Tatum, mas continuam com Wemby (melhor), com Sengun (melhor) e com Pedro Lança (é possível ser melhor GM?). Partem no topo, sem nada para provar, mas com muita vontade de vingarem numa época em que nem todos os holofotes estão centrados no seu roster. Vai ser um ano divertido, aconteça o que acontecer.
2	=	Cumprimos a tradição e os finalistas vencidos estão de pedra e cal na segunda posição. No ChampNBA ainda se pode contar com uns bons joelhos de Joel Embiid, e depois da renovação simpática de Derrick White e da boa evolução de Hartenstein e Jalen Williams, o roster de Renato Mendes acabou por ficar ainda mais forte sem mexer uma vírgula no seu entrosamento. Vêm para terminar o que começaram.
3	=	O top 3 fecha com os atuais detentores da ChampCup e com mais uma equipa que conseguiu manter todo o core, com a evolução de role players importantes, onde o caso mais flagrante é o de Ty Jerome. Kyrie Irving e Kevin Durant estão junto para, provavelmente, a sua "last dance" enquanto dupla dominadora e Pedro Pardal tem motivos para acreditar que pode mesmo juntar mais títulos ao seu currículo.
4	=	Boston é provavelmente a equipa - do topo - que mais evoluiu desde a época passada. E estamos a falar de uma evolução que a coloca como séria candidata ao anel, como não o foi nos primeiros dois anos do Champ. Filipe Ferreira sabe disso e já o afirmou no podcast, é o ano para dar tudo, mesmo que isso signifique mais stress e, consequentemente, o surgimento do primeiro cabelo branco. Evolução do jovens e um FAP muito bem conseguido dão motivos para acreditar.
5	=	Os Spurs estão oficialmente noutro estatuto, o de top 5 do Champ, pelo menos em expectativa. André Lucas, o GM que faz qualquer algoritmo corar de vergonha, tem esse toque de midas. Trocou na offseason a estrela da companhia, Jaylen Brown, mas trouxe para as suas fileiras Paskam Siakam e OG Anunoby (que promete no role de 6th man que foi testado nos amigáveis). Aliado aos movimentos, temos um Dyson Daniels mais forte e uma tática preparada para causar estragos.
6	=	Seria relativamente fácil esquecer os Knicks depois de um ano desapontante em que foram eliminados pelos Wizards na primeira ronda dos Playoffs. Mas queremos mesmo fazer isso quando olhamos para uma equipa com tanto talento? No papel não conseguimos dizer de ânimo leve que exista uma equipa melhor. Resta saber se o GM Guilherme Silva consegue o mesmo foco que teve na época 1 que culminou no anel de campeão.
7	=	Os Sacramento protagonizaram o mais relevante "regresso a casa" da offseason. Jimmy Butler deixou saudades e o GM Nicolas Limas fez questão de o voltar a reunir com os fãs dos Kings que aguardam por mais um ano de vitórias. Luka Doncic dispensa apresentações, mas a saída de Zubac ainda não foi esquecida. Continuam com estatuto de contender, embora com aquele pressentimento subtil (e inevitável) de que algo terá de mudar a meio da viagem.
8	=	Se não se lembram de ver os Raptors numa posição tão alta nuns Power Rankings é porque provavelmente isso nunca tinha acontecido antes. Marco Aurélio parte para uma nova temporada como ainda não o tinha feito: com um roster sólido, forte e capaz de se intrometer na luta dos grandes. Há soluções para todas as posições e um cinco inicial que parece ter sido desenhado a regra e esquadro por alguém que realmente percebe do jogo — defesa firme no interior, dinamite no backcourt.
9	=	Parecem discretos por terem sido completamente arrasados no processo de renovações, mas a verdade é que comparando a equipa com que Dallas começa a época 3 com a equipa com que começou a época 2 e a diferença... abismal. Numa troca inesperada que trouxe Jaylen Brown e num FAP inesperado que juntou James Harden, as surpresas só podem levar os fãs a acreditar numa época bem mais tranquila na primeira metade da regular season - e na fase de grupos da ChampCup.
10	=	Há a sensação que existe um ligeiro desiquilibrio no roster de João Leitão, mas temos de respeitar o percurso da equipa e, claro, temos de respeitar o Greak Freak que, só por si, torna uma equipa boa numa equipa candidata. A grande icógnita é a consistência de Jalen Green depois de um voto de confiança do seu GM ao ter decidido renovar com o atleta. Falta provavelmente um base puro para o próximo nível.
11	=	Vamos dar mérito a quem o tem. Os Wolves são a "next big thing" no palco do ChampNBA depois de um Free Agency Period estrondoso. Vale a pena lembrar que assinaram com Lebron James por... (quanto, Lucas?) 17 milhões. E se é verdade que o dinheiro não joga, as soluções quase infinitas que existem no roster jogam, e jogam muito bem. Muita curiosidade para perceber as tácticas de João Santos.
12	=	Agora Filipe Dinis não vai ter desculpa, já não parte em 29º nos primeiros Power Rankings da época como fez questão de nos relembrar dezenas de vezes. Mas isso só mostra a tremenda evolução dos Cavaliers num curto espaço de tempo. É uma posição ambiciosa, mas também já tem em conta que Chet Holmgren vai chegar no dia 30. Um leak não deixou escapar as intenções do front office. Lauri não aquece o lugar.
13	=	Começam praticamente como acabaram e, portanto, só por isso, um lugar ligeiramente à frente do meio da tabela soa bem para os Blazers de Pedro Rodrigues. As indicações durante os jogos amigáveis foram bastante positivas, a equipa está a lançar bem de 3 e a dinâmica entre Sabonis e Maxey parece estar melhor do que nunca. Sem mexidas será difícil aspirar a muito mais do que aquilo que conseguiram antes, mas a época é longa.
14	=	A sensação dos últimos playoffs levou uma volta de 180 graus. A capital disse adeus aos líderes Randle e Ingram, mas deram as boas-vindas a Jalen Brunson e Stephen Curry - o melhor backcourt da liga. A icógnita prende-se com o encaixe no 5 inicial entre dois jogadores que precisam da bola nas mãos, aliada a alguma falta de qualidade no frontcourt. Ainda assim, Pedro Gaifem sabe o que faz e tem boas cartas na mão.
15	=	Mais um ano de experiência para Bruno Seixas é, por definição, um excelente argumento para colocarmos os Nets nesta posição positiva relativamente a outras expectativas mais modestas anteriores. A aquisição de Zubac no FAP não poderia ter encaixado melhor no roster e mais um ano de experiência entre Zion e Garland deixa grandes prespetivas. Brooklyn é mais uma equipa para fazer barulho na conferência Este.
16	=	Não há mais tolerância para falhar os playoffs agora que a equipa tem Shai Gilgeous-Alexander, Jaren Jackson Jr e uma série de role players com muita qualidade para levar Lipe Colucci aos lugares em que quer estar. Depois de parecer "bloqueado" na construção da equipa e de falar sem ser ouvido, esta temporada parece ser de afirmação definitiva. Vamos esperar para ver, mas há motivos para os fãs deixaram os seus cães no hotel e irem ao pavilhão apoiar a equipa.
17	=	Francisco Henriques não vai gostar nada de ver os seus Magic em 17º lugar. Mas a verdade é que depois de terem terminado a última época sem brilhantismo, a expectativa não pode ser assim tão alta, mesmo sabendo que Jokic continua a visitar a disneyland. Ainda assim, já há trocas alinhadas que podem, ou não, melhorar a moral e o entrosamento do roster.
18	=	Equipa muito interessante em Oakland, como há muito não se via. Francisco Carvalho pegou no tractor, colocou o motor a trabalhar e não olhou para trás, oferecendo bons contratos a bons jogadores. Turner, Ingram e Derozan juntaram-se a Lamelo Ball e a expectativa só pode ser alta. Se as coisas correrem mal, não temos dúvidas que vamos ver Francisco Carvalho "enojado" muitas vezes...
19	=	Começamos a entrar nos lugares em que é cada vez mais difícil antecipar a época das equipas, por vários motivos. No caso dos Heat o motivo é a icógnita de ver como funciona um roster totalmente novo. Mas a "star quality" de Jayson Tatum, Jamal Murray e o complemento de Aaron Gordon ficou muito difícil de ignorar. Claro, não nos podemos esquecer de Vukcevic, que nos ajudou a lembrar que Sérgio Marques continua a ser Sérgio Marques, mesmo que tenha acertado neste FAP.
20	=	Expectativa muito moderada em Los Angeles comparada com épocas anteriores. Há um sentimento geral de que o roster está mais fraco e que nem Anthony Edwards conseguirá levar ao top 6 estes Lakers que não conseguiram (ainda) equilibrar a sua primeira e segunda unidade dentro de campo. Mas a experiência - e resiliência - de Mauro Rodrigues faz-nos ter a certeza que... haverá sempre uma procura por um PF.
21	=	Os Pacers de Tiago Moreira voltaram "à terra" depois de terem sido uma das equipas mais entusiasmantes do último terço de regular season na época transacta. O risco de Markkanen não compensou e o Free Agency foi um desastre resumido em achar-se que não se tinha dinheiro disponível quando este existia. A gestão leviana pode ser paga muito caro numa liga que, neste momento, não tem equipas fracas.
22	=	Os Clippers trazem um GM "rookie" para o spotlight. Daniel Gemieira terá um desafio difícil mas muito interessante nas mãos. Isto porque os Clippers têm de facto muito talento no roster e o seu "cap" é grande. As dúvidas estão assentes, como é natural, na inexperiência do GM e na sua capacidade de ter resultados de forma imediata. Mas Banchero e companhia sabem ganhar jogos e não têm falta de armas para o fazer.
23	=	Há um novo fôlego para Milwaukee depois de uma época desastrosa. A preseason correu bem a Ricardo Rodrigues e, desta vez, parece existir um plano orientado para a competitividade. A Devin Booker juntou-se Julius Randle, rodeados de role players competentes, com destaque para Keyonte George. É praticamente um "agora ou nunca" para o GM conseguir convencer a massa associativa.
24	=	Alexandre Maia chegou com "estrondo" ao ChampNBA, um rookie, outsider neste mundo, desde cedo deu indicações muito sólidas de que iria ser uma aquisição tremenda para a liga. E já o provou que foi mesmo. Agora, nesta época 3, vai ser tempo dos Rockets começarem a somar esse impacto a mais vitórias. Os training camps elevaram o nível de Amen Thompson, a equipa cortou excendentes e vai ser competitiva em todos os jogos.
25	=	A história de Rui Leite é parecida com a do GM da equipa logo acima neste ranking. A diferença? Já tinha mais experiência de vidas passadas. A semelhança? Foi uma adição que somou muito valor ao ChampNBA. Agora, orfãos de Stephen Curry, começa uma nova fase para Denver. É tempo de hastear a "flagg" e conseguir conciliar o futuro brilhante a um imediatismo de sucessos e competitividade.
26	=	É uma equipa bem comandada, mas que ainda está completamente virada para um futuro que ainda não chegou. Abriram os cordões à bolsa com Cade Cunnigham, fizeram bom uso das suas escolhas de draft promissoras, mas ainda vamos ter um roster inexperiente, a passar por algumas dificuldades para se manter regular. Isto, do que é possível prever, mas que será interessante ver jogos dos Pistons, isso vai ser.
27	=	Ainda não recuperamos do valor do contrato oferecido a Cam Thomas, mas David Moura dá mostras de que está ativo - no jogo, e no mercado - e já pré-lançou a bomba de que Chet Holmgren está de saída. Este ano é expectável que Atlanta surja mais forte no início da regular season, mas mesmo assim será muito difícil sonhar com os playoffs ou algo parecido.
28	=	Vai ser um ano bem diferente em Utah depois do sucesso relativo da época transacta. A boa notícia é que conseguiram contratar um GM rookie que já dá mostras de vir a ser um dos elementos que fazem do ChampNBA uma liga ainda mais interessante. Hugo Cardoso sabe o que faz, participa e já tem uma estratégia a médio prazo para um rebuild que era inevitável. Para já, podem continuar a ser competitivos com um super Anthony Davis.
29	=	Altos e baixos, inversões de marcha, limites de velocidade controlados por radar, os últimos tempos de Oklahoma têm sido um autêntico inferno na estrada. Pedro Gomes mostra-se satisfeito com um caminho que, já admitiu, não será nesta temporada que vai dar frutos. Ainda assim, já existem rumores de negócios preparados para dia 30. O que esperar de OKC?
30	=	Sabemos que os Hornets não são o pior roster do ChampNBA. Mas é inevitável colocá-los no fundo da tabela depois de um ano desastroso e, principalmente, depois disso não ter sido motivo para mudar alguma coisa. Tudo permanece igual em 2020. Mas neste regresso do ChampNBA, na sua versão 3.0, Duarte Gomes draftou Damian Lillard no fantasy draft e isso dá esperança que o base dos Blazers na realidade possa liderar o conjunto. Preocupações no entanto com os rumores que Paul George poderá começar um podcast em breve.