Trade tracker: Knicks reforçam banco em troca a 3

Ainda antes da habitual movimentação de dia 30, aconteceu um negócio que acendeu algumas luzes de curiosidade pela liga. Os sempre relevantes New York Knicks cederam, surpreendentemente, Rob Williams III para, num negócio que também envolveu Denver Nuggets e LA Clippers, trazerem Payton Pritchard e Obi Toppin.

NYK dão Rob Williams + Okeke

NYK recebem Pritchard + Obi

DEN dá Tate + 2nd round pick S3

DEN recebe Bruno Fernando

LAC dá Obi Toppin + Pritchard + Bruno Fernando

LAC recebe Rob Williams + Tate + Okeke + 2nd round pick Nuggets S3

Guilherme Silva já demonstrou que este ano não vai deixar os Knicks à deriva e que quer potenciar toda a qualidade do roster para ir além do que conseguiu na época 2 do ChampNBA. No entanto, foi com surpresa que os fãs ficaram a saber que a equipa decidiu abdicar do seu poste titular por dois jogadores que, apesar da sua qualidade incontestável, não serão titulares indiscutíveis ou sequer titulares. O próprio GM admitiu que "provavelmente" haverá "mais mexidas para colmatar a lacuna de um C a vir do banco". Veremos quais serão os próximos moves num xadrez que agora conta com o muito valioso (e pouco aproveitado em LA) Payton Pritchard.

Na ótica dos Clippers, esta foi a troca de "estreia" para Daniel Gemieira que leva para as suas fileiras um poste que lhe trará um grande upgrade a Andre Drummond. Apesar de perder profundidade, aumenta a qualidade de um 5 inicial que precisava de uma presença forte na posição 5 para libertar a pressão de Banchero no frontcourt. A troca, para o presente, parece fazer sentido, mas o caso muda de figura quando olhamos para a folha salarial. Payton Pritchard e Obi Toppin são dois contratos de 3 anos e excelentes. O do base até pode ser considerado um dos melhores da liga. Tendo em conta que chega mais um expirante, há alguns alarmes em relação ao futuro, especialmente tendo em conta o início pouco auspicioso nesta regular season.

Ainda existem nesta equação os Denver Nuggets que entram neste negócio para, de acordo com as palavras de Rui Leite, "abrir caminho às trocas que aí vêm", o que nos deixa com a pulga atrás da orelha. Em termos de valores, perdem Tate, recebem Bruno Fernando, o que sem sabermos os próximos passos se torna difícil de analisar para o bem ou para o mal.

Para lá das leituras imediatas de cada franchise, este negócio volta a expor uma tendência crescente no ChampNBA: a importância estratégica dos role players versáteis e dos contratos controlados a médio prazo. Enquanto nomes sonantes continuam a dominar as manchetes, são precisamente jogadores como Pritchard que permitem aos GMs ajustar sistemas, equilibrar folhas salariais e manter profundidade competitiva ao longo de uma época longa. Este tipo de troca multipolar, onde cada equipa resolve problemas distintos, seja a necessidade de shooting, de rim protection, de cap flexibility ou de simples rearrumação do roster, mostra um nível de maturidade crescente nos bastidores da liga. E, à medida que a temporada avança, é cada vez mais claro que quem dominar estes microajustes será quem ficará melhor posicionado para dar o salto nos playoffs.

Em conclusão, é um negócio equilibrado, que favorece o presente dos LA Clippers e a rotação dos Knicks (bem como a sua flexibilidade salarial para o futuro).

Nota para NYK: A-

Nota para LAC: B

Nota para DEN: n/a