Este artigo é publicado numa altura em que os New York Knicks vencem a série por 2-0 depois de terem conseguido "carimbar" duas vitórias caseiras. Ao contrário do que se previa, os sistemas ofensivos de Guilherme Silva e de Nicolas Lima estão a funcionar (ainda) melhor do que as defesas, apesar da grande valia nesse campo em ambas as formações. Aliás, provavelmente chegaram à final as equipas mais consistentes da liga a nível defensivo. A poucas horas do jogo 3 e da final se deslocar para Sacramento, publicamos as expectativas dos GM's e uma pequena análise ao confronto entre o 1st seed do Oeste e o 2nd seed do Este.
Guilherme Silva, comandante dos Knicks, acredita que a profundidade do seu roster (joint-venture Paceriana - dizemos nós, não ele) e a versatilidade/cultura táctica de alguns dos seus jogadores foram os principais fatores que impulsionaram a equipa até a final. Uma final que, apesar do 2nd seed na regular season, era antecipada por alguns.
À conversa com os jornalistas, Guilherme Silva destacou a importância das adaptações feitas durante os playoffs, citando a série contra os Philadelphia 76ers, onde a decisão de colocar Kawhi Leonard como power forward permitiu "conter" a estrela Kevin Durant. A flexibilidade da equipa dá ao GM dos Knicks a confiança de que pode fazer ajustes conforme necessário para enfrentar diferentes adversários. “A série mais difícil foi com os Bulls”, admitiu, referindo-se ao desafio de vencer um jogo 7 na casa do enorme rival, que era considerada a melhor equipa da liga por muitos (ou, pelo menos, aquela que melhor junta a qualidade atual com o potencial futuro). “Depois daquela derrota no jogo 6, vencer na casa deles foi dificílimo.”
O treinador dos Knicks não esconde a sua ambição e, agora que chegou à final, a meta é clara: conquistar o anel de campeão. Guilherme Silva refletiu sobre a sua experiência anterior de ter perdido uma final (versão transacta do ChampNBA) e expressou determinação em evitar que isso se repita. “Infelizmente, já sei o que é perder uma final. Vamos tentar de tudo para não acontecer outra vez, mesmo sabendo da valia dos Kings e do Niko.”
O GM enfatizou que o trabalho da equipa só será concluído com o anel no final, afirmando que, caso contrário, tudo o que foi feito terá valido de muito pouco.
Por outro lado, Nicolas Lima, o treinador dos Kings, também expressou satisfação por chegar à final, mas sublinhou que a sua equipa não está satisfeita. "Job's not finished?". O experiente GM que parece ter abandonado os projetos futuros para as conquistas presentes comentou que, embora tenham iniciado os playoffs de forma irregular e tenham tornado a série contra os Golden State Warriors mais complicada do que deveria ser, conseguiram reerguer-se e dominar a partir de ajustes tácticos.
“Os Warriors foram a única equipa que nos roubou um jogo em casa, mas depois de alguns ajustes tácticos acabamos por garantir a passagem”, explicou.
O GM dos Kings também apontou a série contra os Portland Trail Blazers como a mais dura até agora, onde, apesar dos esforços, a equipa nunca conseguiu descolar do adversário. “A sorte acabou por nos sorrir e o fator casa foi determinante.” Na série contra os Memphis Grizzlies, Nicolas e sua equipa reconheceram que parar Joel Embiid seria uma missão impossível, mas focaram-se em condicionar Fred VanVleet e Jalen Williams, o que se revelou eficaz. “A chave estava em condicionar FVV e Jalen Williams, e conseguimos isso na perfeição.”
Reafirmando a determinação de Sacramento em levar o título para casa, fez questão de mencionar que, independentemente do resultado, sairão de cabeça erguida. “Os Knicks são uma excelente equipa com muitas opções e flexibilidade, mas nós também temos as nossas armas e maneiras de poder surpreender.”
Há expectativa em ver os ajustes táticos que ambos os lados farão ao longo da série, o que promete tornar a competição ainda mais imprevisível.
Com estratégias bem delineadas e uma luta acirrada pela supremacia na primeira época do ChampNBA, a final promete ser (já está a ser) um espetáculo emocionante, onde cada detalhe pode fazer a diferença.
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